Gastroenterite aguda (GEA) é uma infecção do trato gastrointestinal, maioritariamente causada por vírus tais como o rotavirus e adenovirus, que alteraram a função intestinal. Bactérias como Salmonella, Campylobacter, Shigella ou E. Coli, podem, no entanto, também causar GEA.
Quais são os sintomas de uma gastroenterite?
Geralmente a GEA provoca náuseas, vómitos e diarreia. A diarreia pode ser acompanhada de sangue ou muco. Pode ainda surgir febre, dores de barriga e mal-estar geral. As crianças e recém-nascidos são uma população vulnerável, uma vez que a diarreia e os vómitos podem causar desidratação grave.
Como se transmite uma gastroenterite?
A transmissão de uma gastroenterite ocorre por via fecal-oral. Esta forma de transmissão ocorre essencialmente por incorrecta lavagem das mãos ou por contacto com superfícies contaminadas e posteriormente levarmos os dedos à boca.
Como se trata uma gastroenterite?
O tratamento da gastroenterite vai depender da sua causa. No entanto, de uma forma geral, o tratamento passa por uma boa hidratação oral, de forma fracionada, uma vez que os vómitos e a diarreia podem provocar desidratação. As soluções de reidratação oral são uma boa opção, pois contém sais minerais que ajudam a uma melhor recuperação. No entanto, esta opção deve ser sempre prescrita por um médico, tal como os medicamentos para as náuseas ou vómitos. A toma de probióticos também ajuda a restabelecer a flora intestinal, ajudando na recuperação da diarreia.
À medida que os sintomas melhoram, é importante iniciar uma ingestão alimentar em pequena quantidade, com bananas, sopa ou pão torrado com doce. Devemos ainda evitar alimentos gordurosos ou com muita fibra. A ingestão de refrigerantes, ao contrário do que se pensa, está desaconselhada pois pode agravar os sintomas.
Vacina para a gastroenterite.
Atualmente o Plano Nacional de Vacinação contempla duas vacinas contra o rotavírus: Rotarix® e Rotateq®. Estas podem ser administradas a crianças de risco, tal como doença cardiovascular grave, doença hereditária do metabolismo, doença hepática ou renal e doença neurológica. Crianças prematuras com idade gestacional <32 semanas, baixo peso à nascença (<2500g), hiperplasia suprarrenal congênita, fibrose quística ou insuficiência respiratória crônica do lactente também poderão ser elegíveis para a vacinação.
Crianças saudáveis e que não pertencem a este grupo de risco, podem também ser vacinadas nas primeiras semanas de vida. Para isso, converse sempre com o seu Médico de Família que irá orientá-lo e esclarecer todas as suas dúvidas.